Oi gente,
Ontem publiquei o primeiro texto
da série do meu pequeno projeto sobre relacionamento, amor, namoro e afins.
Comentei sobre a necessidade de desassociarmos o amor do órgão coração,
salientando que amar é um ato de inteligência. Hoje falarei sobre o checklist necessário
para saber se você está preparado para começar a namorar. Vale salientar que os
meus textos são uma construção a partir das minhas leituras, experiências de
vida e das orientações que a Cristiane e o Renato Cardoso trazem no seu livro
Namoro Blindado. Para quem não leu, recomendo ler antes de pensar em casamento
rs.
Para sabermos se estamos bem para
começarmos a namorar é preciso ter clareza se preenchemos os 8 itens abaixo.
Confira o checklist.
1. Estar curado de relacionamentos anteriores. A
gente costuma ouvir direto essa máxima “um novo amor cura o antigo”. Porém,
quem usa a inteligência e não o coração sabe que isso não passa de um grande engodo.
Lógico que a resiliência de cada um difere, mas o que os autores orientam e
que faz sentido para mim é o fato de que não é um novo relacionamento que vai
curá-lo(a). Em alusão à Bíblia, compreendo que é mais fácil tirar as pessoas do
Egito do que o Egito das pessoas. Em resumo, o
saudável é retirar do seu meio tudo o que lembra a antiga pessoa amada, o que
inclui fotos, redes sociais, lembranças, etc. Na dúvida, lembre: “A limpeza
exterior facilita e acelera a cura interior”.
2. Idade certa para namorar. Apesar de ser uma questão
de maturidade emocional, é importante considerar que namorar muito cedo tem
riscos maiores. Na adolescência costumamos amplificar as coisas e hoje a
neurociência já provou que o cérebro de um adolescente é um turbilhão de
mudanças. Não é à toa que a lei da maioridade existe.
3. Estar disponível e disposto a dedicar tempo para
o relacionamento. Essa parte eu achei mais a ver comigo do que as outras, pois
é comum homens na minha idade terem uma vida bem ocupada (nós mulheres entramos
no mesmo barco). São tantas coisas que nos envolvemos que sobra pouco tempo
para alguém na nossa vida. Como os autores alertam, a falta de tempo mata
qualquer relação. Segundo os autores e eu concordo também, não é necessário se ver o falar todos os dias, mas
pelo menos encontrar uma regularidade que atenda as necessidades do casal.
4. Ter a intenção de casar. Ai meu Deus, aqui o
bicho pega. Isso porque hoje em dia casamento é quase algo fora de moda. O
namoro por tempo indefinido é o que regula as relações entre os amantes e o
conceito de namorar mudou muito. Antigamente o namoro era um processo que
representava se os dois eram compatíveis para se casarem. Se não era, se
separavam, caso contrário, dava em casamento. Isso era comum até na minha época
rs. Achei cômica e trágica a frase dos autores: “Hoje a gente vê gente
namorando como se fossem viver mil anos”. Em contrapartida gostei da metáfora
sobre namorar. “Namorar é como mergulhar no mar. Por mais excitante que seja a
aventura, chega uma hora que você quer voltar para a terra firme.” Atenção, o
namoro nunca é o destino.
5. Estar livre de vícios. Aqui quase dispensa comentários.
Contudo vale destacar que a palavra vício é empregada para representar “qualquer
hábito que nos traz prazer momentâneo, mas, no fundo, nos prejudica e causa
dependência”. Para um viciado, o vício estará sempre em primeiro lugar. Por
fim, cabe um alerta dos autores. “Não subestime o poder de um vício”. Ajude,
mas não espere que quem possui um vício vai ficar livre dele só porque você
quer. É preciso que ele/ela realmente queira e se empenhe para se livrar dele.
6. Ter caráter íntegro. Achei tão interessante esse
item que vou depois fazer um post separado, pois podemos avaliar melhor os
traços do caráter do nosso amado ou de quem estamos conhecendo.
Entretanto, por hora posso afirmar que tanto mulheres quanto homens buscam
parceiros de bom caráter, pois caráter, todo mundo tem. Para você não confundir
caráter com personalidade usarei as palavras dos autores. “Caráter consiste em
princípios e valores que determinam o comportamento de uma pessoa
independentemente das circunstâncias, bem como suas reações, decisões e visão
do mundo”.
7.
Estar definido na questão profissional e
financeira. Usarei um exemplo clássico que acontece com nossos filhos. Como recém-formados precisam se estruturar
profissionalmente e financeiramente. Afinal, como diz uma amiga minha de São
Paulo, ninguém vive de vento. Esse item é tão importante quanto os supracitados,
uma vez que a maioria dos divórcios ocorrem por causa da falta dessas
definições.
8. Estar resolvido interiormente. Esse item me chamou
muito a atenção. Acho que porque eu vivi um pouco o que a Cristiane comentou.
Ser a salvadora não pode ser o seu perfil e nem o perfil de ninguém. Detalhe, se
a gente não se der conta de que não somos responsáveis pelo outro, reproduziremos
comportamentos e colocaremos nossos relacionamentos em risco. Ter um
compromisso não é ser responsável pela vida do outro. Não dá para salvar
ninguém. Esse papo de ser Wonder Woman é só para seriado de televisão. Sobre
isso a autora alerta: “De nada adianta encontrar a pessoa certa e não for o
tempo certo para começar um relacionamento. Será como se aquela pessoa não
fosse certa para você. Você poderá estragar tudo”. Longe então de tentar salvar
os outros, avalie o que você precisa rever dentro de você. Suas angústias,
carências e necessidades. Lembre-se, uma terapia é sempre bem-vinda!
Por enquanto é só pessoal.
O próximo assunto será sobre os três
amores da sua vida: Deus, você e os outros.
Abraços
Kassandra
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