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Comunicação e resiliência: o fim de algo que não se teve ideia

Sabe quando a gente pensa que fez quase tudo certo num relacionamento e ele acaba. Depois descobre que não tem a mínima ideia de onde foi que errou? Pois bem, segundo um recente amigo meu, isso não existe. Somos sempre falhos e enganosos. Nós nos sabotamos.

Quando a gente se envolve e se entrega de uma vez corremos um alto risco e pagamos o preço na mesma proporção. O que vai diferenciar entre o que eu ou você pode arriscar é o quanto temos de resiliência. Para quem não sabe, resiliência é a nossa capacidade de retomar nossa vida, emoção ou qualquer outro atributo no estado anterior. O nível de resiliência de cada um é determinado pela construção das interações emocionais que estabelecemos com todas as pessoas que conhecemos, em especial com nossa família na primeira infância. Para ser mais didática, sabe quando você toma um pé na bunda e é capaz de retomar a sua vida afetiva fortalecida? Então, isso é sinal de que você tem um bom nível de resiliência.

Num bom relacionamento há muito mais em jogo do que a simples troca de palavras. Uma vez eu ouvi: palavras comovem; atitudes convencem. Contudo, num relacionamento recente nem sempre temos todas as atitudes explícitas e daí, valem mais as palavras. Quando alguém diz o que você não quis dizer, é porque tá na hora de negociar.

Longe de dar uma receita, pois o legal é quebrar as regras, quero dar umas dicas dessa comunicação. Vou usar o texto no masculino para servir de exemplo. Primeiro, deixe o outro falar. Precisamos ouvir toda a construção mental dele. Segundo, deixe-o pensar no que disse e fique calada por alguns minutos. Demonstre concentração. Terceiro, retome o fato e tente não ofendê-lo ou criticá-lo. Seja amistosa, sincera e delicada. Claro que você pode economizar nas palavras, mas isso é um estilo muito próprio. Por exemplo, os homens são mais econômicos nas palavras do que as mulheres, mas nem sempre acertam o alvo...rs. Quarto, lembre-se de que você não está num tribunal. Não altere o tom de voz e nem toque nele, isso não vai convence-lo. Afinal, é o outro que se convence e não você que o convence. Por fim, diga que está empenhada para que a sua comunicação seja boa o suficiente para que você se faça entender. Não precisa se justificar. Conte outra história onde seus valores possam vir à tona e ajude-o a estabelecer a conexão com o que foi dito. Isso ajudará na imagem mental que ele faz de você e não te pré julgará.

Confesso que não consegui colocar o quinto passo em prática, pois fui pré julgada antes que pudesse dar conta que o relacionamento tinha acabado. Felizmente minha resiliência estava acionada e me ajudou a superar o fim de tudo isso. Sei que a sua forma de superar os desafios e frustrações da vida é diferente da minha, mas uma coisa é certa: dê sempre uma chance para que seu amado ou amada ajuste as palavras para que vocês cada vez mais afinem a complexa arte da comunicação.

Kassandra



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