Hoje alguém amado viaja. Sentirei
mais do que saudades.
É quase impossível descrever o
que nosso estômago fala quando estamos longe de quem queremos estar perto. Apesar
da mudez que me toma, tentarei dizer um pouquinho o que sinto para quem sabe
alguém se identifique e fortaleça o seu amor por quem simplesmente se ama.
O amado faz misturar dentro da
gente algo que só pode ser comparado ao rebuliço de um desencadear de hormônios.
Serotonina, endorfina, dopamina, oxitocina. Afinal, não são esses os hormônios
da felicidade?
Um elogio, um livro, uma bike, uma
rosa do seu jardim, uma volta de moto, uma carona, ou um delicioso café da
manhã na padaria são pequenas amostras do que o coração do amado é capaz de doar.
Porém, de tudo até então partilhado, o que mais deixa marcas é definitivamente o
sorriso; principalmente quando vem acompanhado de aparelhos nos dentes...rs.
A vida com o amado é uma caixinha
de surpresas que se revela gradualmente. Num dia a nota é 9, noutro é 8, mas
sempre fica a expectativa de um dia, quem sabe, apareça um 10. Embora seja
interessante ver a vida como uma escala, o melhor de tudo é saber que os
momentos felizes são sempre maiores. Contabilizamos os pequenos gestos e
atitudes. Afinal, de que adianta auferir uma nota e perder de vista o que a
compõe?
Longe ou perto, o que importa é a
qualidade dos acontecimentos. Neles, expressam-se o que os amados mais têm de
melhor, a vontade de estar junto. Por ladeiras, rodovias, ciclovias e
caminhadas na praia, o estar junto ao amado é sempre esperado. Assim como Elias
no livro O Garimpeiro, de Bernando Guimarães, o amado deixará saudades incontáveis,
imprimindo em sua amada a melhor coisa que ela poderia esperar.
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