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Como descobrir sua verdadeira vocação?

Olá,

Escolhi este título por identidade. Eu achei pertinente socializar aqui com vocês um assunto que muitas vezes, deixava meus alunos confusos.

Na matéria sobre Como Fazer Tudo Melhor, da VC/SA do mês de janeiro, me deparei com 17 itens que, bem ou mal, tenho refletido ao longo da minha carreira como professora e consultora educacional. Gostaria muito de dialogar com vocês, item por item, mas optei por apresentar apenas um, na intenção de motivá-los a pensar sobre a sua carreira.

Farei uns recortes com breves citações para respeitar a referência do autor e com elas, indicar alguns caminhos possíveis para vocês repensarem pontos-chave sobre a sua vocação.

Seguir o seu caminho. O item apresentado tem como subtítulo nada mais do que sugestivo, três grandes palavras: descobrir, verdadeira, vocação. O verbo descobrir foi bem intencionado, uma vez que passamos anos da nossa vida profissional sem saber se estamos na verdade da nossa felicidade. A máscara disso tudo é que não nos perguntamos se o que fazemos, nos faz feliz. Muitas vezes temos alguns insights de lucidez emocional, identificando coisas que poderíamos fazer melhor, ou, nos incomodando com o que fazemos.

Um oficio é um talento, e não importa no que ele venha contribuir para a sociedade. Como somos seres agregados, precisamos uns dos outros para suprir as nossas necessidades. Isso é uma inteligente estratégia do Criador em nos fazer incompletos na intencionalidade de servirmos uns aos outros. O curioso disso tudo é que há pessoas que não se dão conta da sua limitação, subjugando a sua potencialidade como sujeito que participa de uma sociedade.

Como o autor do texto comenta, “é difícil dar uma receita de como as pessoas podem descobrir a sua verdadeira vocação”. Entretanto, somos dotados de uma espiritualidade que nos permite observar e identificar o fazemos de bom. Essa pista nos dá chance de perceber o que nos faz feliz. A vocação sobre algum oficio não significa sacerdócio. Muitas pessoas acreditam que profissões como a minha (professora) são exclusiva de uma abnegação do sucesso. Longe disso, ninguém se pergunta o que é ser feliz profissionalmente. “Vivemos em um mundo com tantas informações que, se pararmos para pensar, sempre temos alguém nos dizendo o que fazer”. Somos reféns dessa pressão e perdemos a oportunidade de conhecer a Verdade. Ao longo de quase duas décadas de estudo, estou convicta de que a busca pela verdade é o maior exercício de desprendimento social que eu realizei e ainda realiazo.

Não podemos nos subjugar aos valores que a maioria das pessoas ditam como sucesso. O que é sucesso para você? Precisamos descobrir o que é o sucesso para cada um de nós e isso não é um exercício difícil de se fazer. Lembre-se do que eu disse no início do texto, observe o que te deixa feliz sem se preocupar com a validação dos outros. Olhe para dentro de você. Pare alguns minutinhos durante o dia e pergunte-se: estou feliz com o que faço? Aproveite e olhe-se no espelho quando você fizer essa pergunta. Recorra também a colegas em quem confie. Peça para que lhe observe em determinadas situações se sua linguagem não verbal demonstra satisfação e alegria. Observe seu corpo. Você costuma sorrir?

Se seu ambiente de trabalho não lhe permite expressar tanta felicidade, recorra a um momento de silêncio e pare para agradecer o que sentiu de bom e se encorajar para mudar. Não deixe para depois o que “ficou pelo caminho”. Busque em suas lembranças algumas habilidades que te ajudam a alegrar-se, a dizer: puxa, eu era bom nisso mesmo....

Descubra-se. A verdadeira vocação não está numa plaquinha que você compra e pendura em sua sala, quarto ou varanda. Ela é construída, lapidada e expressada para ficar cada vez melhor. O Criador sabe muito bem o que teve em mente ao pensar em você com determinados talentos...todos temos um, ou mais. O desafio porém, é procurar nos desprender dos preconceitos quanto ao que nos faz feliz e o que a sociedade diz que te faz.

A sociedade não é uma entidade solta, incógnita ou obscura, mas um grupo ou mais de indivíduos com diferentes características e ao mesmo tempo, com uma identidade que nos faz seres relacionais. Relacione ao que ama e sua carreira, e experimente observar onde a sua verdadeira vocação pode te levar.  

Para ler o texto que me motivou a escrever esse post, consulte o artigo de capa da VC/SA de janeiro de 2012.

Abraços
Kassandra


Comentários

  1. Olá Kassandra, estava aqui em busca de algo que me fizesse pensar mais sobre a minha vocação e me deparei com o seu texto.
    Estou com 38 anos e me sentindo completamente infeliz com o rumo que a minha vida tomou, ou melhor, com o rumo que dei a minha vida.
    Não tenho uma profissão definida, estou no segundo ano da minha segunda graduação e até agora nada, sem paixão, desculpa a palavra, mas sem tesão pelo que estou fazendo.
    Não sei qual a minha vocação, gostaria de uma dica sua sobre como eu encontro isso, se existem livros que tratem do assunto e se você pode me indicar algum.

    Nem sei se você ainda interage neste espaço, mas achei que não custava tentar, já que estou à beira de um ataque de nervos, por não saber que rumo tomar.

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