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AUTOBIOGRAFIA PROFISSIONAL


Recentemente fui a uma entrevista de trabalho. Um dos documentos solicitado foi um resumo da minha trajetória profissional.  Achei curioso, pois além de ter que sintetizar as duas últimas décadas de minha atuação profissional, eu precisava registrar tudo à mão. Imagino que o uso do papel e da caneta seja por motivos óbvios: conhecer mais sobre a minha personalidade.

Aproveitei a deixa para postar aqui essa minha autobiografia e espero que curtam.
Abç
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O encontro com o trabalho vem concomitante a minha formação em nível médio (técnico). Como estava estudando contabilidade, a intenção era trabalhar com processos de organização financeira, além de sistemas burocráticos de organização. Acho que o meu jeito “certinha”- como minhas irmãs costumavam dizer - me fez buscar essa atuação. Comecei como auxiliar de contabilidade em uma empresa e em seguida, fui trabalhar em banco. Descobri que adorava atender ao público.

Mais adiante, me deparei com uma formação que jamais pensei atuar. Estudei para ser pedagoga! Minha família não entendeu a mudança e precisei convencê-los de que eu queria ser uma empreendedora da educação. Era necessário entender de educação e administração. Nada mais convincente do que fazer um curso na área. Convencidos de minha vocação para os negócios – eu queria abrir uma escola -, me dediquei à pedagogia. A vocação que parecia ser empreendedora se converteu em algo maior: a arte em lidar com processos de ensino-aprendizagem, em especial, a famigerada avaliação.

O período de estágio modelou o que mais tarde seria “a menina dos meus sonhos”: educação e tecnologia. Fui professora de informática durante seis anos em uma escola religiosa no bairro da Saúde em São Paulo. Implantei informática educacional para todas as séries do Fundamental I e busquei me especializar. Conclui o curso de Tecnologias Interativas Aplicadas à Educação na PUC de São Paulo e ousei inúmeros projetos na escola. Deu certo.

Durante o curso, conheci uma pessoa que mais tarde me convidou para lecionar nas Faculdades Rio Branco. Fui professora assistente e no semestre seguinte, assumi as disciplinas Informática na Educação e Multimídia. Fui professora de informática para a terceira idade e ganhei um prêmio do presidente da Fundação dos Rotarianos por esse trabalho. Eu não esperava tamanha gentileza. Em paralelo, busquei o Mestrado na Unicamp/SP para dar legitimidade a minha função e construir novos objetivos. Deu certo mais uma vez.

Nas Faculdades Rio Branco coordenei cursos de extensão, formei professores e fui assistente do processo seletivo, cuidando em especial da prova e elaboração das questões sobre atualidades. Todo candidato com necessidades especiais estava sob meus cuidados, o que incluía o acompanhamento da adequação da prova (ampliação da fonte para candidatos com visão limitada e tradução em Braile para candidatos cegos). Precisava também acompanhar as intérpretes juntamente com os candidatos surdos. Esse período foi um dos mais significantes na minha vida pessoal e profissional. Tive diversos alunos surdos, tanto quando era professora no Ensino Fundamental, quanto no Ensino Superior. Definitivamente lindo.

Nesse mesmo período fui professora formadora na prefeitura de São Paulo, ministrando cursos e palestra sobre o uso das redes na educação. Em 2003, já havia concluído todos os créditos do mestrado e me mudei para Boa Vista-RR. Trabalhei como professora em duas faculdades da cidade e expandi minha vivência cultural. Como não sou paulista, carrego comigo uma plasticidade nata. Isso me favoreceu a viver em outras regiões brasileiras.

Em Boa Vista, prestei serviços ao CREA, ao SEBRAE e ao Parlamento Amazônico. Fui professora de novas tecnologias para magistério superior em uma faculdade e na outra, monitora e professora de informática em diversos cursos. Às vezes até me esqueço de quantos cursos lecionei. Fui agente público na prefeitura de Boa Vista, auxiliando o Secretário de Desenvolvimento Agrícola nas questões de editoração dos materiais que serviriam aos projetos desenvolvidos pelos agrônomos. Era uma espécie de editora e auxiliar da informação na secretaria. Acredito que a minha carreira multifacetada e multidisciplinar me permitiu tamanha façanha. Apliquei minha pesquisa do mestrado e defendi a dissertação em fevereiro de 2005. Mais uma vez deu certo.

Com o mestrado em mãos, busquei atuar diretamente como coordenadora pedagógica em educação a distância. Afinal desde 1994, estudo e pratico sobre a intersecção da TIC na educação. Encaminhei meu currículo para uma universidade em Natal-RN e fui chamada.

Coordenei equipe multidisciplinar e monitores do núcleo de EaD da instituição. Fui responsável pela apresentação do AVA e pelos tutores das disciplinas a distância. Também coordenei juntamente com a direção, o curso de administração ofertado a distância em parceria com a UVB. Lecionei na pós-graduação e ministrei palestras. Apesar de gostar muito do meu trabalho, precisava voltar para São Paulo. Minha família estava aqui.

Ao retornar a São Paulo fui chamada para participar como tutora no projeto Mídias na Educação. Sou tutora e orientadora de TCC do curso e é um dos trabalhos que mais me realizo profissionalmente. Graças a esse trabalho, faço parte da equipe do NCE/ECA/USP que em parceria à UFPE, é responsável pela oferta São Paulo. Em setembro houve a defesa dos alunos da primeira oferta do curso e hoje estou orientando os alunos da segunda e terceira oferta.

Trabalhei como coordenadora pedagógica no projeto Telecurso TEC, parceira SEESP, CPS e FRM. Fui Design Instrucional na Ciatech e de agosto a setembro deste ano, trabalhei como tutora para a Fundação Padre Anchieta na fase do processo seletivo de professores PEB II.

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