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Temos uma opção!

Caríssimos,

Estava pensando hoje, por que as pessoas se machucam? Daí reformulei o meu questionamento para tentar pensar no agente causador e não na vitima, por que alguém te machuca? Diante desse dilema – pois para mim é – consultei algumas lembranças escondidas. Reforcei essas lembranças com algumas palavras ouvidas neste domingo, dia 14 de agosto.

As lembranças que tenho das emoções que me veem à pele são aquelas relacionadas ao que penso de mim. Conjugando melhor, no que pensamos de nós! Alguma vez você já pensou o quanto tem de si? Qual o seu valor? O que busca nas pessoas? Por que negamos certas coisas nos outros?

Logicamente que todas essas emoções são carregadas de verdades que aprendemos a construir ao longo de nossa vida e que diretamente modelam a nossa auto-estima, o nosso caráter e a nossa forma de ver o mundo. Em geral, o que para nós não é uma verdade, configuramos como mentira...negamos. Negamos aquilo que aprendemos que não nos pertence. Negamos aquilo que abominamos em nós mesmos. Negamos aquilo que nos causa ressentimento e dor. Tem gente que se nega o tempo todo. Tem gente que se nega a tentar mudar, tentar se entregar para a vida, para o cotidiano, para o simples, para o belo, para o comum.

Não quero dizer que não devemos viver o bom, o abundante, o magnífico, mas é preciso uma dose de humildade. É preciso algo que realmente nos desperte de sonhos que acabam se tornando verdadeiros pesadelos.

Somos infelizes porque não temos um carro, uma casa própria. Somos infelizes porque não encontramos um amor; porque não casamos ou tivemos filhos. Somos infelizes porque não estamos bem profissionalmente, porque não conquistamos certos benefícios de estar num cargo de alto escalão; um cargo público com aposentadoria integral, uma beleza física e dinheiro para fazer todas as viagens desejadas.

A partir daí eu te pergunto: como não ser acomodado e ao mesmo tempo contente com o que se é? Como buscar ser, estar e fazer melhor dia a dia, sem se corromper com o que a sociedade nos seduz?  São essas e outras questões que me fazem pensar porque as pessoas machucam umas as outras....

Quando identificamos nos outros aquilo que negamos em nós, machucamos pessoas. Vejam, não é uma questão de querermos ser ou não ser maníacos ou psicopatas, pois esse não é o raciocínio que proponho com esse texto, mas o de querermos ser como certas pessoas, ter o que certas pessoas têm ou mesmo viver o que certas pessoas vivem. Pergunte-se, a quem realmente você machuca? Não será a você mesmo? Sim, machucamos as pessoas porque nós nos machucamos. É um dos tipos mais egoístas de defesa que usamos. Uma espécie de eu não sou, então não valho. Se não valho, não dou e não transformo a minha vida, muito menos a do outro. Isso tudo vira um ciclo vicioso de egoísmo redundante....uma espécie autopiedade.

Bom, analisando o ciclo de eu não valho, então também não tenho nada para dar, chego a conclusão de que o problema das pessoas machucarem umas as outras não está no fato de um possível sentimento de vingança ou mesmo inveja, mas de dependência afetiva sobre o que pensa de si mesmo. Quais são os momentos da nossa vida em que nos apoiamos quando machucamos alguém? Que sentimentos são desencadeados desses pensamentos, dessas lembranças? Hum....é algo muito particular, não? Porém, há algo que é inerente ao ser humano e que, independente da sua cultura, persiste: a capacidade de amar!

Quer acreditamos ou não, somos dotados da capacidade de amar. Tendo ou não amor, sendo ou não amados, nós nascemos com essa capacidade, essa potencialidade e é ela que nos faz discernir entre machucar alguém ou não, em nos machucarmos ou não.

Longe de ficarmos numa discussão filosófica sobre o amor, ou sobre a dor, quero que você pense em sua capacidade de amar. Quanto de amor você deu? Você dá? Pra quem? Pra quantos? E, por quê?

Ao invés de construirmos a pergunta “quanto de amor eu quero” o coerente seria “o quanto de amor posso dar”. O curioso disso é que o amor é tão poderoso que mesmo que você não tenha ainda experimentado deve estar se perguntando agora: nossa, por que necessitamos tanto dele para viver? será uma espécie de alienação? Não, não é alienação. O amor é a melhor ferramenta para consertar tudo que está danificado, quebrado e errado. O amor é a luz que transforma o pesadelo num sonho de alegria e sucesso.

Deus nos dá o necessário, mas queremos o que desejamos. Podemos ter o que desejamos, mas isso implica em alguns caminhos que talvez incomode você. Deus habita no amor...ele é o amor. Se, quisermos conhecer Deus, precisamos amar. Amar não é se apaixonar e ficar na expectativa de receber algo em troca. Mesmo sabendo que o amor é uma via de mão dupla, para o agente do amor, ele só tem um sentido: amar o próximo.

Então, queridos leitores, se deseja entender por que as pessoas machucam as outras, devemos também pensar quanto essas pessoas conhecem de Deus. O quanto amaram? Amam? E o quanto querem amar. Se Deus é amor, ele está sendo. Se, quero me conhecer e conhecer a Deus preciso usar a potencialidade de amar que existe em mim. Autopiedade não combina com amor. Não vem de Deus. Não muda a vida, não conquista desejos que podem vir de Deus. Negar o amor é negar a Deus. Então, não negue amar. Reconheça que fazemos o bem porque isso é inerente à espécie humana. Fazer o bem não é o contrário de fazer o mal, mas o de não fazer nada, pois é uma opção. Se, temos o livre arbítrio, ele tem um preço, pois é uma opção, entende? A partir de suas escolhas a sua vida toma rumos diferentes, rumos que talvez você até ache injusto. Mas lembre-se, foi você que escolheu. Deus respeita suas escolhas, mesmo que não as aprove.

Diante desse monte de palavras, a mensagem mais importante que quero dividir com você é: você tem a opção de não machucar as pessoas, pois tem a opção de conhecer Deus. Para começar, reconheça-o em sua vida o amor, como o único caminho que transforma.

Um super abraço....ame!
Kassandra

Comentários

  1. Oi Ká! A felicidade, o amor, a verdade, tudo isso está dentro de nós, por isso não adianta ficarmos procurando nos outros. E quando nos machucam, não são os outros os culpados, mas nós mesmos, que deixamos nos machucar. A ferida é um sinal de algo interno que temos a desenvolver...Desenvolvimento é desenvolver, desembrulhar aquilo que está encoberto, envolvido. O que machuca não é o que o outro falou, mas sim algo dentro de nós que se identificou com as palavras ditas e veio à tona. Complexo demais?

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