Olá gente,
segue o nosso quarto texto da série amor, relacionamento, namoro e afins. O assunto de
hoje é o amor como linguagem e vocês devem estar se perguntando, como assim
linguagem? Afinal, amor não é um sentimento?
Pois bem, comecemos pelo conceito
de linguagem, assim ficará mais fácil a compreensão do que tenho hoje para
vocês. Segundo o dicionário do Google, linguagem é “qualquer meio sistemático
de comunicar ideias ou sentimentos através de signos convencionais, sonoros,
gráficos, gestuais etc.” Ele ainda acrescenta, “qualquer sistema de símbolos ou
sinais ou objetos instituídos como signos; código”. Nessa linha podemos
assimilar que linguagem é algo amplo e complexo, que pode ser representado por
algo que se comunica. Como o amor gera comunicação, posso arriscar – e faço
isso sem medo – que ele é também uma linguagem. Afinal, quando amamos
comunicamos algo sobre nós ou sobre alguém, não é mesmo?
Longe de tentar bagunçar a cabeça
de vocês, quero esclarecer que além do amor ser uma linguagem, ele se expressa,
em geral, de cinco formas distintas. Para explicar melhor, explorarei com vocês
o livro “As cinco linguagens do amor” de Gary Chaptman. Pra quem não sabe esse
livro é muito cobiçado por quem quer aprender a fazer a leitura adequada sobre
seu parceiro e entender melhor como expressar seu amor. No fundo, a gente quer
estabelecer uma comunicação eficaz e agradar quem amamos.
Segundo Chaptman, sentirmo-nos
amados por meio de cinco linguagens diferentes. São elas:
1. Palavras de afirmação
2. Tempo de qualidade
3. Receber presentes
4. Formas de servir
5. Toque físico
É lógico que os cinco estilos
acima podem ser combinados, mas o que predomina na personalidade de cada um é
sempre um deles. O importante é descobrir como o seu parceiro gosta de ser
amado para que você faça a leitura certa das necessidades dele/dela e a partir
daí possam gerenciar as necessidades um do outro. Esse autoconhecimento e
conhecimento do outro é como uma chave-de-ouro nos relacionamentos, pois ajuda
a expressar melhor o que desejamos para o outro o fazendo mais feliz e a de concordarmos que
quem ama quer ver o outro feliz, certo?
Não vou me estender sobre o livro,
pois o legal é vocês lerem por completo, mas farei uma síntese sobre o amor
como linguagem e a partir daí motivá-los a refletir como somos amados e como
amamos.
1. Palavras de afirmação - É a linguagem do elogio.
As pessoas que amam predominantemente desta forma são aquelas que se alimentam
dos elogios do parceiro ou de alguém. Logicamente que o elogio do parceiro vai
desencadear algo mais poderoso do que o elogio de outra pessoa. Em geral, nós
mulheres precisamos de uma dose maior do que os homens, mas há homens que
predominantemente precisam ser elogiados. O problema é saber a dosagem do
elogio. Quantas vezes eu devo elogiar? Todo dia? Uma vez por semana? Como sei
que meu parceiro está satisfeito?
A Bíblia orienta que usemos palavras que edificam e
deixemos caladas em nossa boca qualquer tipo de ofensa. Elogios verbais
funcionam como verdadeiro elixir para a pessoa amada. Vejamos alguns exemplos
usados pelo autor: “Você ficou tão
elegante com esse terno!” “Você está muito bem com esse vestido!” “Ninguém faz essas
batatas melhor que você!”. “Querido, muito obrigada por ter lavado a louça para
mim esta noite!”. “Muito obrigado por ter feito um jantar tão gostoso!”. Perceberam
como é simples?
Em geral a pessoa que se sente amada dessa forma não
precisa de grandes discursos, basta que seja reconhecida pelo que é ou faz. Em
tese ela precisa ouvir palavras de gratidão, encorajamento, elogios. Mas lembrem-se,
o tom de voz é importantíssimo e é preciso dosar, pois pessoas assim não podem
ouvir apenas uma única vez, muito menos se a palavra de afirmação não vem
acompanhada de um sonoro convincente. Elas precisam de regularidade no discurso
e de humildade de quem fala. Daí, toda vez que você elogia, agradece ou
encoraja, reforça inconscientemente o que ela quer ouvir de você e a partir daí
se sente cheia de amor. Curioso tudo isso, mas pasmem, muita gente é assim e
isso é apenas uma das linguagens do amor. E quem não gosta de um elogio?
2. Tempo de qualidade – Os psicólogos já diziam: o
que vale é a qualidade do tempo que passamos com as pessoas e não a quantidade.
Pois bem, sobre isso quero acrescentar que a quantidade tem seu peso sim, mas
não deixa marcas como a qualidade. O que o autor traz sobre esse tipo de
linguagem é que pessoas que amam dessa forma precisam de atenção. Precisam estar
com as outras em situações em que se sintam próximas e felizes. Tirar um tempo
juntos para ouvir uma música, apreciar o por do sol, ver um filme agarradinho, jantar
juntos, conversar olhando nos olhos ou mesmo fazer uma caminhada juntos, é o
que elas mais necessitam.
Esse jeito de amar e ser amado exige atenção, pois ela é requerida por quem ama preferencialmente assim. Portanto, não se pode dividi-la com outra coisa ou alguém. É preciso olhar nos olhos. Não adianta usar como primeira linguagem do amor uma das outras quatro. Pessoas assim se sentem amadas quando o tempo de qualidade é usado com elas. Então, largue o celular, a tv ou o que está fazendo quando estiver com seu amado cuja primeira linguagem é o tempo de qualidade. Demonstre que se importa com o que ele/ela está dizendo e seja sincero/sincera. Focalize a atenção e evite interrupções. Observe a linguagem corporal do seu parceiro. Não faça outra coisa enquanto o/a ouve. “Escute” o sentimento e pergunte para confirmar o que ele/ela está sentindo.
3. Receber presentes – particularmente não é uma
das minhas favoritas. Mas, quem é que não gosta de um presente? Chaptman é um
antropólogo e em sua jornada científica descobriu que dar presentes é algo
universal entre os amantes. Para o autor, um presente é o mesmo que dizer: “Ele pensou em mim!” ou, “Ela se lembrou de mim!”.
Presentes são símbolos visuais do amor e é uma das mais simples linguagens para se aprender. Se você tiver dificuldade no que presentear, faça uma lista de todos os presentes que em sua opinião seu cônjuge gostaria de receber. Se mesmo assim tiver dificuldade, consulte algum amigo próximo ou alguém da família dele/dela. Mas lembre-se, presentes nem sempre representam o que o outro quer de você. Não adianta gastar tubos de dinheiro. Dinheiro deve ser gasto sabiamente. Lembre-se de que muitas vezes seu parceiro/parceira deseja a sua presença como presente.
4.
Formas de servir – Acho que esse tipo de
linguagem é muito comum em mulheres, principalmente aquelas que adoram quando
seus maridos consertam as coisas em casa rs. Agraciar o seu parceiro ou
parceira fazendo as coisas por ele/ela é a forma de fazê-los/las se sentirem
amados/das. Vejamos alguns exemplos: consertar o telhado, arrumar a maçaneta da
porta do quarto, pintar a casa, fazer uma comidinha gostosa, servir o prato,
cuidar das coisas de casa, das finanças um do outro, trocar a fralda do bebê
etc. Tudo aquilo que represente ajuda e dedicação.
Parafraseando o autor, Jesus Cristo foi um grande exemplo de liderança servidora. Ele lavou os pés dos discípulos em demonstração da necessidade de servirmos uns aos outros em amor. Lembre-se de exercitar a humildade, pois “os pedidos direcionam o amor, mas cobranças impedem que ele seja liberado”.
5. Toque físico – Essa linguagem é uma forma de
comunicar o amor emocional e não é preciso falar muito sobre isso, pois desde
bebês somos dependentes disso. Pesquisas já demonstraram o quanto o toque
físico é importante para estrutura emocional da pessoa influenciando também a
sua personalidade
Há pessoas que
precisam ser tocadas e acariciadas mais do que outras para se sentirem amadas.
Na época de Jesus era comum que os adultos levassem as crianças para tocarem
nele e há inúmeras passagens bíblicas que apresentam a cura pelo toque.
Entre os
amantes, andar de mãos dadas, beijar, abraçar e manter relações sexuais são
formas de se comunicar o amor emocional. Dentro de uma relação amorosa, o sexo
é uma das formas de expressão mais poderosas. Atenção, Chaptman sinaliza que “o
toque físico pode iniciar ou terminar um relacionamento. Pode comunicar ódio ou
amor”. Por isso, aprenda a conhecer o tipo de toque físico que seu parceiro
mais se agrada e seja sábio em observar a linguagem corporal dele/dela. Às vezes
um simples abraço enquanto o outro está lavando a louça é capaz de desencadear
uma ótima sensação de felicidade. Para o
autor, “uma vez que você descubra que o ‘Toque Físico’ é a primeira linguagem
do amor de seu cônjuge, sua única limitação é sua própria imaginação, quanto às
formas de expressar amor”.
Foi muito
gratificante relembrar a leitura desse livro e consultá-lo novamente para aqui
expor para vocês. Eu sei qual dessas cinco linguagens é a predominante em mim. E
você, já se identificou? Reflita sobre elas e analise como o seu amado/amada se
expressa para que você possa amá-lo/la da forma como ele/ela se sente amado/da.
Próximo texto da série: O mito da pessoa certa.
Próximo texto da série: O mito da pessoa certa.
Abraços
Kassandra
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